Preço das casas aumenta em 5,9% em ano de pandemia.
Em 2020, ano de pandemia, os preços dos imóveis em Portugal subiram em quase 6%, fixando-se atualmente nos 2.147 euros por metro quadrado (m2), segundo um relatório do site especializado em imobiliário Idealista.
No que respeita à variação trimestral, o aumento mais acentuado que se registou foi de 2,7% nos últimos três meses do ano, de acordo com o índice de preços da plataforma imobiliária. Já no terceiro, segundo e primeiro trimestre, os preços tinham crescido 1%, 0,5% e 1,6%, respetivamente.
Regiões
Embora todas as regiões tenham assistido a um aumento no decorrer do ano, foi no Norte onde o impacto se sentiu de forma mais intensa, com um aumento de 10,6%. Segue-se a Região Autónoma dos Açores - 8,8% -, a Região Autónoma da Madeira - 7,8% -, o Algarve - 7,2% - e o Centro - 5,7%.
Quanto às zonas menos afetadas, em primeiro regista-se o Alentejo - 0,7% -, e de seguida a Área Metropolitana de Lisboa - 2,6%.
No entanto, a Grande Lisboa, com 3.017 euros por m2, continua a ser a região mais cara, seguida do sul do país em que o m2 ronda os 2.368 euros, do Norte com 1.834 euros por m2 e da Região Autónoma da Madeira em que o valor é de cerca de 1.678 euros.
Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores, a registar 999 euros por m2, o Alentejo com uma média de 1.024 euros e o Centro com 1.105 euros, perfazendo assim as regiões mais baratas.
Distritos e Ilhas
Dos distritos analisados, o que registou o maior aumento em 2020 foi Vila Real com 16,7%.
Com intervalos relativamente curtos, segue-se Viseu (14,2%), Aveiro (14,1%), Porto (11,6%), Coimbra (11,3%), Braga (10,4%) e Setúbal (10%).
Abaixo dos dois dígitos está então a Ilha de São Miguel (9,5%), a Ilha da Madeira (7,8%), Faro (7,2%), Viana do Castelo (4,6%), Santarém (4,3%), Ilha de Porto Santo (4,2%) e Lisboa (2,2%).
Os distritos onde os preços menos subiram foram Portalegre (1,4%), Bragança (1,5%), Castelo Branco (1,7%) e Évora (1,8%).
A contrariar a tendência, só em três distritos é que houve uma descida, sendo estes a Guarda com -6,7%, Leiria com -6% e Beja a registar -2,9%.
Ainda assim, importa referir que o ranking dos distritos mais caros continua a ser liderado por Lisboa, com 3.346 euros por m2, seguido de Faro, com 2.368 euros por m2 e do Porto, com 2.140 euros por m2. Os preços mais económicos encontram-se então na Guarda, 628 euros por m2, Portalegre, 644 euros por m2, Castelo Branco, 695 euros por m2 e em Bragança, 761 euros por m2.
Cidades capitais de distrito
Relativamente às capitais de distrito, pelo menos 18 viram os seus preços imobiliários aumentados, com Viseu (23%) a assumir o primeiro lugar da tabela.
Em linha está também Coimbra (13,7%), Braga (12,6%), Castelo Branco (10,5%), Évora (9,8%), Guarda (9,6%), Setúbal (9,4%), Aveiro (7,5%), Faro (6,6%), Porto (6,1%), e Funchal (5,7%). As subidas menos acentuadas foram registadas em Viana do Castelo (3,9%), Leiria (3,2%), Santarém (1,7%), Lisboa (1,5%) e Bragança (0,8%).
Neste prisma, os preços desceram apenas em Portalegre e Beja, com valor a rondar os -9,4% e 1,2% respetivamente.
Também aqui Lisboa continua a ser a cidade onde sai mais caro comprar casa - 4.678 euros por m2, com o Porto a apresentar um valor de 2.949 euros por m2 e Faro de 1.995 euros por m2.
Já as cidades mais económicas são igualmente Portalegre, 656 euros por m2, Guarda, 749 euros por m2, Castelo Branco, 764 euros por m2 e Bragança, 771 euros por m2.
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